quarta-feira, 20 de novembro de 2013

(i)Legalização da prostituição na Europa

  Prostituição legalizada e regularizada
  Prostituição (a troca de sexo por dinheiro) legalizada, mas bordéis são ilegais, prostituição não regulamentada
  Prostituição ilegal
  Sem dados

Infografia por: Wikipédia



























O debate sobre a legalização da prostituição não é fácil. Por um lado, os conservadores repudiam a ideia de comercializar o corpo e vender o sexo. Por outro, os mais progressistas defendem a regularização da prática sexual, permitindo aos trabalhadores do sexo o direito ao desemprego e outros benefícios fiscais.

Na Europa, são oito os países que já legalizaram a profissão: Holanda, Alemanha, Áustria, Grécia, Turquia, Hungria e Letónia.

Contudo, um estudo realizado na Alemanha demonstra que a realidade está longe do pretendido. A legalização não está a sortir o efeito pretendido: a maior parte destes profissionais, nos países onde a prostituição é legal, não frequenta os serviços de saúde regularmente, nem regista se para benefícios sociais. Aliás, na Alemanha, segundo afirma Alice Schwazer no livro "Prostituição, um escândalo alemão", «entre 65% a 80% das prostitutas não são alemãs», o que põe em causa a legalidade da venda de serviços sexuais para com as mulheres de leste e países vizinhos. A feminista refere ainda que o país alemão se tornou, assim, no melhor «sistema de exploração sexual destas mulheres, sendo um crime organizado e conhecido por todo o mundo".

Em Portugal, a prostituição não é ilegal. Porém, consiste numa actividade profissional não regulamentada por lei. Já os bordéis além de não autorizados, são ilegais e puníveis por lei. Quanto às casas de alterne, situam-se no limbo das situações anteriores: legais, mas sem existência da prática de sexo a troco de dinheiro.

A prostituição consiste na profissão mais antiga do mundo. As questões morais não têm permitido a legalização desta actividade no nosso país. Seria um escândalo. Contudo, toda a gente sabe que existe e sempre vai existir. E toda a gente sabe onde encontrar estes serviços ao mais baixo preço do mercado sexual. Por necessidade ou aptidão, são profissionais como outros quaisquer. Então porque não permitir melhores condições e dignidade a esta actividade profissional?

Um artigo sobre CR7

Depois de dizer que não várias vezes, fui influenciada pela minha mãe a escrever um artigo sobre Cristiano Ronaldo. Embora seja o assunto do momento, não previa de forma alguma escrever sobre isto.

O que dizer? Sinceramente, não tenho nada a acrescentar. Portugal venceu o play-off frente à Suécia, para o acesso ao Mundial2014 no Brasil, com mérito próprio. Cristiano foi o autor dos 3 golos portugueses e o herói da partida. Para mim, um ponto final assentava bem logo aqui.

Contudo, a glorificação que fazem a este jogador é demasiada na minha opinião. E aqui entro em confronto de ideias com a maior parte dos portugueses, inclusive a minha mãe. É um exagero afirmar que Ronaldo é o melhor do mundo quando ele não é. E irrita-me solenemente que, os mesmos que disseram que ele não valia nada na selecção, agora venham gritar ao mundo o quanto ele é bom. Não. Não concordo com isso e com nada. Teve uma boa prestação no jogo, posso afirmar até que foi dos melhores (ou até o melhor por ter concretizado os golos), mas de forma alguma o número de golos conta exclusivamente para o destacar como o melhor do mundo.

Aliás, é caso para dizer: Ronaldo, finalmente acordaste para a selecção! É que de todas as exibições do jogador com a camisola da selecção, esta deve ter sido a melhor de sempre. E acho muito bem que honre o seu país, não é só mostrar os dentes nas fotografias das jornadas espanholas.

Parabéns à selecção! Parabéns a Ronaldo! Parabéns a toda a equipa portuguesa e respectivos técnicos, treinador e adeptos! Mas não há aqui congratulações a respeito do melhor do mundo. Longe disso. O melhor do mundo não se mede por um jogo. O melhor do mundo não jogou hoje, nem neste encontro bastante interessante. O melhor do mundo encontra-se lesionado, mas nem essa lesão é suficiente para apagar toda uma temporada de grandes feitos. O melhor jogador do mundo é Messi, e o resto são cantigas.

Feliz Dia Mundial da Casa de Banho

Não é brincadeira, o Dia Mundial da Casa de Banho existe mesmo. Foi votado unanimemente pela Assembleia Geral das Nações Unidas e celebra-se a 19 de Novembro.

Segundo a UNICEF, a data visa alertar mundialmente não só para um uso seguro e higiénico das casas de banho, como também para relembrar que em pleno século XXI ainda existem largos números de pessoas que não possuem instalações sanitárias em casa e têm de defecar a céu aberto.

Feitas as contas, a organização afirma que 36% da população mundial não possui uma casa de banho, o que põe em risco a saúde e dignidade do próprio ser humano. Em alguns cantos do mundo, o progresso ainda não foi o suficiente para garantir este direito básico às populações, o que é uma grande vergonha.

Outro dado bastante preocupante consiste nas 1600 mortes infantis que ocorrem diariamente devido a diarreias provocadas pela falta de condições sanitárias - o que seria fácil de contrariar, conforme afirma a UNICEF, se existisse um maior controlo de higiene pessoal, utilização de águas tratadas e sanitas devidamente limpas e desinfectadas.

A existência de um dia programado para a consciencialização sanitária não é, deste modo, algo descabido. Trata-se de uma realidade bastante incómoda mas que consiste num problema gravíssimo. Impera, então, que exista esta consciencialização à escala mundial de forma a que casos destes sejam denunciados, ajudados e ultrapassados.


Sensibilizado com estes dados? Siga os desenvolvimentos desta causa através das redes sociais Facebook e Twitter, com a hashtag #Toilets4All

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Contextualizando a mudança de Cyrus



Desde há uns meses para cá, Miley Cyrus tem sido o centro das atenções, não só dos media, como também de todas as pessoas que tem acesso à internet. Sejam directa ou indirectamente publicados os juízos de valor sobre a cantora americana, a verdade é que todos temos uma opinião sobre o que se tem vindo a passar com a carreira e, até mesmo, com a vida pessoal desta rapariga, pois diariamente somos confrontados com novas imagens e críticas ao estilo de vida da mesma nas redes sociais.



Biografia:
Miley Cyrus nasceu em Nashville, no ano de 1992. Iniciou carreira de actriz aos 9 anos e aos 14 tornou-se internacionalmente conhecida através do seu papel principal na série Hannah Montana, da Disney Channel.
Entretanto, Miley lançou-se na música e já conta com quatro discos de originais: Meet Miley Cyrus (2007), Breakout (2008), Can't be tamed (2010) e Bangerz (2013).

Críticas:
Hannah Montana, figura principal da série para crianças e adolescentes com o mesmo nome, ditou a fama para Miley. Na ficção, Miley Stewart lutava pelo "melhor dos dois mundos": entre a fama de artista e o sossego de uma vida normal.
Os anos foram passando e Miley (da vida real) Cyrus foi crescendo. A personagem a que deu corpo continuava a passar nas televisões americanas e de todo o mundo, mas Miley já estava quase na idade adulta. O vínculo que a sua personagem criou com a Disney (na ficção), de menina de programa, doce, extrovertida, não lhe permitia psicologicamente (na vida real) comportar-se como uma adulta, mais crescida, mais atrevida, sem inocência.
Não somos novos nisto. Já conheciamos Britney Spears com um historial bastante parecido. A diferença é que Miley Cyrus insurgiu-se contra a imagem que passou através da Disney e, agora, quer mostrar ao mundo que já não é mais uma criança, mas sim uma mulher de atitude e desinibida.
Para se distanciar da antiga imagem, a cantora resolveu apostar em canções, videoclips e indumentárias inovadoras, ou melhor, provocadoras.
Com sucesso, a indústria musical reconhece-lhe o mérito da mudança - sem, porém, haver consenso no positivismo ou negativismo desta nova imagem.

A minha opinião:
Sem dúvida, Miley Cyrus tem o talento: boa voz, boa presença em palco, boa atitude e boa interacção com os fans. Actualmente, como ídolo de muitas jovens adultas e adolescentes, tem particular importância na forma de agir, de falar, de pensar e de vestir - a fazer jus ao conceito de ídolo.
As críticas que chegam todos os dias por intermédio dos seus concertos e aparições públicas, das suas publicações pessoais nas redes sociais e artigos dos media revelam que o comportamento de Cyrus ultrapassa o aceitável de um artista. As roupas transparentes, as fotos e gestos ousados da cantora contribuem propositadamente para essa nova imagem que a própria Miley pretende criar.
Sem dramas, Miley pretende apenas desvincular-se da imagem de menina. Quer mostrar-se ao mundo como dona de si: dos seus pensamentos, da sua carreira, do seu corpo. Tudo bem, e penso que ninguém se pode, ou consegue, opor a isso.
Apenas me pergunto no que será que os jovens, que acompanharam Hannah Montana, pensam agora sobre tudo isto? Todos eles também cresceram e, de certo, também mudaram. Para melhor ou para pior todos mudam. Mas o peso que a fama e a independência têm na balança de uma vida real podem fazer a diferença. Todos os olhos estão postos em cada movimento das estrelas.
Na minha opinião, Miley representa apenas uma legião de jovens com comportamentos, desejos e aspirações semelhantes. Ou será que minto quando afirmo que grande parte dos jovens consiste numa fotocópia das letras escritas por Cyrus e dos videoclips que a mesma interpreta? Não me considero a favor nem contra, a carreira é dela e acho que tem tido sucesso. Só acho que devíamos, antes de criticar, procurar observar ao nosso redor os comportamentos alheios e entender que, não só os tempos mudaram, como também mudaram as vontades e os estilos de vida.
Um pouco de rebeldia não faz mal a ninguém. Contudo, considero que a artista explora demais a imagem do seu corpo e abusa no consumo de drogas, a que a própria apelida de "sociais" (pastilhas e aditivos), e quase que punha as mãos no fogo em como um dia ela se vai arrepender disso. Como referiu Sinead O'connor, a indústria aproveita-se da fama de Miley Cyrus e vai explorando-a, mas psicologicamente ser-lhe-á difícil deixar esse estilo de vida. A própria já admite que se sente sozinha no mundo. Mas eu acho que ainda vai a tempo de redefinir os seus horizontes pessoais e enquanto artista, basta querer. Não são necessárias todas essas extravagâncias para se impr na música quando se tem talento.

Resumindo:
Go Miley, but be carefull. Keep your dream alive.

domingo, 3 de novembro de 2013

Terra: o planeta dos pinguins, cerveja, terroristas e ouro



Hoje vou fazer-vos uma visita guiada pelo planeta Terra. Cada país deste planeta azul é conhecido por produzir determinadas coisas, pensar de certa forma, gostar de fazer isto ou comer aquilo... Mas, mais especificamente, no que é que prevalece o pensamento geral quando se ouve falar de determinada nação?

Tudo começa no hemisfério sul do planeta onde, como todos sabemos, fica o Império do Pinguins. Estes dominam toda a região gélida do pólo sul.

Já no continente americano tudo é muito diferente. Entre o impacto de asteróides e ovnis, homicídios, psicopatas, territórios florestais, chuvas tropicais, drogas, rainhas da beleza e os melhores jogadores de futebol, é só escolher o que de melhor se produz na América.

À procura dos humanos mais altos do nosso planeta? Eu indico. Essa espécie habita nos países da Europa central. Mas não só de alturas que se faz uma Europa, senão também de excelentes graduados e profissionais. Actualmente, é o continente mais virado para o turismo, onde existem as melhores cervejas e onde a velocidade do download e streaming superam os limites dos satélites.

À medida que vamos avançando no mapa, há que ter cuidado com as estratégias de extermínio utilizadas na Ásia: homens-bomba, mísseis, armas nucleares, regimes terroristas e ditaduras militares. Porém, nem tudo é mau, e há muitas coisas para conhecer por terras asiáticas como as pirâmides faraónicas, descobertas arqueológicas e ossadas de dinossauros, e, ainda, os famosos filmes de bollywood. Não esquecer também que o controlo da natalidade, a mão-de-obra infantil e a emissão de CO2 em demasia são os problemas que mais afectam a costa leste deste continente.

E se a natalidade é problema dos países do hemisfério norte, o mesmo não se pode afirmar do sul onde a percentagem dos índices de nascimento batem qualquer escala. Em África, a taxa de mortalidade é extraordinariamente gigante, e deve-se principalmente a uma doença típica dos países africanos: a malária. Sorte das comunidades dos macacos e girafas que estão protegidas contra esse mal. Brilhante conta bancária daqueles que exploram as minas de ouro e diamantes, visto que a iliteracia e desemprego de uns é a mina de fazer dinheiro de outros.

E eis que chegámos ao último continente, mas nem por isso menos importante: a Oceania, onde predominam as caçadas mortíferas aos cangurus e os ataques fatais dos tubarões. É, ainda, dos territórios mais ricos em termos linguísticos e também monetários.


Quem é que fica indiferente a um mundo onde se pré-conceitua e discrimina as maravilhosas vicissitudes de cada terra? Quem é que, no seu perfeito juízo, poderá afirmar que são apenas "ideias feitas"? É que, com olhos de ver, os preconceitos criados à volta destes países acabam por ter, como base, algum fundamento lógico.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Alemanha regista bebés com "sexo indefinido"

A partir do dia 1 de Novembro de 2013, as crianças nascidas na Alemanha têm o direito a ser registadas no B.I. com uma terceira opção: "sexo indefinido". Deste modo, os alemães - onde uma em cada 5000 crianças nasce com sexo indefinido - tornam-se no primeiro país europeu a permitir este tipo de registo.

Em que casos se aplica este direito?
Bebés que nascem com uma genética duvidosa, seja pela dificuldade de distinção entre um sexo e outro, como pela existência de dois sexos.

O que assegura este direito?
Permite que decisões cirúrgicas precipitadas não afectem o futuro das crianças. Mais propriamente, assegura o desenvolvimento da criança em primeiro lugar, sem o constrangimento da remoção de um dos sexos, de forma a que seja possível entender qual dos dois de facto é o que prevalece.

Quais as consequências desta nova lei?
A terceira opção de sexo civil, "sexo indefinido", não tem ainda tempo definido para a sua identificação. Isto coloca problemas a nível jurídico, uma vez que, sem tempo limite de identificação legislado, casamentos e uniões de facto podem tornar-se ambíguas.


Por terras lusas, a terceira opção é bastante considerada por geneticistas, académicos e algumas vozes de esquerda. Contudo, sem peso nem força visíveis para tornar (a necessidade de rotular) casos de sexo "não definido" como uma realidade das certidões de nascimento em Portugal.

Será esta nova lei do "sexo indefinido" uma abertura para as restantes mentalidades europeias ou apenas mais um rótulo legal para a necessidade de definir um resultado entre o sexo externo, psicológico e hormonal?